Alimentação Equilibrada

A boa saúde de um cão está directamente relacionada com uma boa alimentação. Porém, nem sempre este aspecto é tomado em consideração, seja por ignorância ou por desleixo do dono.

Alimentar bem um cão é fornecer-lhe os nutrientes necessários e de forma equilibrada, os quais se encontram numa boa ração sem ser necessário recorrer a outras fontes ou complementos.



No ser humano, a alimentação será tanto mais rica e completa quanto mais variada ela for. No regime alimentar do cão, a situação é completamente diferente, porque o seu organismo não aceita facilmente essas variações.
Assim, adoptado um tipo de ração, esta deve manter-se sempre. Se por qualquer motivo houver necessidade de mudar de ração, não se deve passar de uma para a outra bruscamente, mas ir misturando gradualmente uma na outra. Com este cuidado evita-se que o cão venha a sofrer de distúrbios digestivos.

A ração é um alimento completo, constituindo assim a solução ideal por possuir todos os ingredientes necessários sem ser preciso adicionar-lhe outros produtos. Só em casos especiais, e apenas por prescrição do médico veterinário, a ração deverá conter aditivos (cálcio, vitaminas, etc.).

A ração que aqui está a ser referida é a ração seca, apresentada sob a forma de granulado. Existem rações húmidas, enlatadas, que são mais apetitosas para o cão, mas cuja conservação não é tão fácil.

Se o cão não for habituado de pequeno à ração, logo quando deixa de alimentar-se do leite materno e inicia a sua alimentação com produtos sólidos, dificilmente mais tarde aceitará comer apenas ração. O cão prefere sempre a nossa comida ou outra parecida.

As vantagens da alimentação feita exclusivamente com uma boa ração trazem inúmeras vantagens para o cão mas também para o dono, pois é cómodo, prático e seguro.

Porém, a maioria das pessoas não consegue administrar este regime alimentar com esta rigidez e cede facilmente aos caprichos do cão. Depois é tarde!

Os cães não devem comer a nossa comida, quer sejam restos ou mesmo os alimentos cozinhados para as pessoas. Por vários motivos:

A nossa comida normalmente tem uma quantidade de sal excessivo que é prejudicial à saúde das próprias pessoas e igualmente aos animais;
Os temperos usados na culinária (especiarias) são úteis apenas para os humanos, porque tornam a alimentação mais agradável e, usados moderadamente, estimulam o apetite e a digestão mas são prejudiciais para o cão;
Dar da nossa comida ao cão é obrigá-lo a um regime alimentar variado, que não é aconselhável.

Alimentos absolutamente contra-indicados: chocolate, todos os produtos que contenham açúcar (bolachas, etc.), enchidos, salgados, conservas, batata, pão, leguminosas (feijão, grão, ervilhas, etc.)

Regime alimentar:
O cão adulto, por norma, faz duas refeições por dia, sendo a da noite a mais substancial ou apenas uma ao fim do dia. O regime a estabelecer depende dos hábitos das pessoas e dos hábitos criados no próprio cão.
Um princípio a ter em conta é o de não forçar ou aliciar o cão a comer. Tal como as pessoas, eles também têm dias em que não têm apetite e isso não significa que tenham adoecido. Se passarem um ou mesmo dois dias sem comer, não lhes faz mal nenhum e esse jejum até pode ser benéfico. Se a falta de apetite persistir, claro que é conveniente consultar o veterinário.
Outro cuidado a ter tem a ver com o excesso alimentar, especialmente se o cão tiver uma vida muito sedentária. Muita comida e pouco exercício é meio caminho andado para se tornar obeso, com as consequências prejudiciais daí resultantes.

No Labrador, é necessário ter algum cuidado com a sua alimentação dado que esta raça tem por norma um apetite insaciável. Assim, consoante a idade, o peso e a actividade física do cão, é necessário controlar a dose diária de ração que lhe é administrada.
Um Labrador (não obeso) deve pesar cerca de 30 kgs.



A obesidade acarreta vários problemas de saúde nomeadamente nas articulações, por isso, deve controlar a alimentação do seu Labrador e lembre-se que Gordura não é Formosura!

As doenças mais comuns do cão


A Dilofilariose

A Dilofilariose, também conhecida por verme do coração, é uma doença que ataca cães e gatos, relativamente pouco conhecida e à qual nem sempre se dá a devida importância. Esta doença é provocada por certos mosquitos que ao picarem um cão infectado ficam em condições de transmitirem a doença a um cão são quando sugam o seu sangue para se alimentarem.


A Erlichiose

A Erlichiose é uma doença infecciosa transmitida pela carraça. A Erlichiose é transmissível ao homem (febre da carraça) mas apenas se ele for picado por uma carraça portadora e não pelo simples contacto com o cão infectado.


A Esgana

A Esgana é uma doença viral altamente contagiosa e eventualmente mortal, que ataca os cães de qualquer idade, muito particularmente os animais mais jovens. A esgana transmite-se por contacto directo ou por via aérea (tosse ou espirro) de um cão infectado com o vírus para um cão são e não vacinado.


A Leishmaniose (ver + abaixo)

A Leishmaniose é uma doença infecciosa causada por um microorganismo (protozoário - leishmania), que é transmitida ao cão, a animais silvestres como roedores e também ao homem por um mosquito, o flebótomo.


A Leptospirose

A Leptospirose é uma doença infecciosa febril, aguda, de carácter sistémico, potencialmente grave, causada por uma bactéria, a Leptospira, normalmente transmitida pela urina dos ratos. Em seres humanos, atinge pessoas de todas as idades, mas em 90% dos casos o desenvolvimento da leptospirose é benigno. Nos animais, quando não vacinados, a doença é mortal.


A Parvovirose

A Parvovirose é uma doença contagiosa, causada por um vírus, que ataca os cães domésticos, especialmente os cachorros por serem mais vulneráveis. No homem manifesta-se sob a forma de infecções nas vias respiratórias e nos olhos, mas sem gravidade, ao contrário da incidência nos cães onde normalmente é fatal.


A Sarna

A Sarna é uma doença parasitária externa, muito contagiosa, produzida por um ácaro. Este ácaro escava galerias na epiderme dos animais, produzindo irritação e intenso prurido. A pele fica avermelhada e os animais perdem peso por causa do incómodo. A fêmea põe os ovos sob a pele, enquanto os outros propagam a doença pelo corpo do hospedeiro e de outros cães.

A Tosse do Canil

A Tosse do Canil é uma traqueobronquite infecciosa causada por diversos vírus e bactérias. Embora não afecte consideravelmente o estado geral de saúde do cão, esta infecção provoca uma tosse profunda, seca e incomodativa, que se transmite com muita facilidade especialmente em ambientes fechados, tais como canis, daí a origem do seu nome.

A Raiva

A Raiva é uma doença infecciosa aguda e fatal causada por um vírus, o vírus rábico, que se multiplica nas glândulas da saliva e se transmite a humanos normalmente através da mordedura de um animal infectado. O vírus atinge o sistema nervoso central e é 100% letal.


Indicação do esquema de vacinação:

6 semanas ------» Parvovirose

8 semanas ------» Parvovirose, Esgana, Hepatite vírica e Leptospirose

12 semanas (reforço da vacina anterior) ------» Parvovirose, Esgana, Hepatite vírica e Leptospirose

16 semanas ------» Raiva


Reforço das vacinas anualmente.